Page 17 - Informativo Cembra - Outubro 2025 - Nº 18
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A  condução  do  projeto-piloto  é  liderada  pela
                                                              Marinha do Brasil, por meio da Secretaria da Cirm
                                                              (Secirm), em parceria com o MMA, e conta com
                                                              apoio técnico-fi nanceiro do Banco Nacional de
                                                              Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),
                                                              que aportou R$ 7 milhões ao empreendimento.
                                                              A  execução  dos  estudos  está  a  cargo  de  um
                                                              consórcio  coordenado  pela  empresa  CODEX
                                                              Remote,  em colaboração com  pesquisadores
                                                              e especialistas de instituições renomadas,
                                                              como a Universidade Federal do Rio Grande do
                                                              Sul  (UFRGS),  a  Universidade  Federal  de  Santa
                                                              Catarina (UFSC) e a Universidade Federal do Rio
                                                              Grande (FURG). Os trabalhos tiveram início em
                                                              fevereiro de 2024, com duração prevista de três
                                                              anos. Entre os principais avanços já registrados
                                                              até julho de 2025, destacam-se:



                                                                  • A entrega dos primeiros produtos, como o
                                                              Plano de Trabalho, o material informativo e o
                                                              levantamento da legislação aplicável ao uso do
                                                              espaço marinho-costeiro;

                                                                     • O mapeamento de habitats e serviços
                                                              ecossistêmicos,  que  serviu  como  base  para  o
           As quatro grandes regiões marinhas para fi ns de implantação do
           PEM: Sul, Sudeste, Nordeste e Norte.               estabelecimento da estrutura multiescalar das
                                                              Unidades de Planejamento e Gestão (UPG);

                      • A elaboração de diagnósticos setoriais: pesca artesanal e de pequena escala; pesca industrial;
           aquicultura; petróleo e gás natural; energias renováveis; geologia, recursos minerais e mineração;
           navegação (cargas e passageiros); portos e indústria naval; segurança e defesa; turismo (com ênfase
           no turismo de base comunitária) e conservação ambiental. Todo esse material está sendo produzido
           na forma de Cadernos Setoriais, atualmente em fase de revisão fi nal pelos setores envolvidos, e será
           validado em ofi cinas participativas nos meses de agosto, setembro e outubro. Uma vez validados,
           esses estudos já poderão subsidiar políticas públicas na Região Sul; e

                 • A defi nição e o início da estruturação do Geoportal do PEM, uma ferramenta digital que
           integrará dados ambientais, socioeconômicos e de uso do mar, tornando-se um instrumento
           essencial para a tomada de decisão no espaço marinho brasileiro.

           Cabe ressaltar que um dos grandes óbices que se vislumbrava para a implementação do PEM era a
           insufi ciência de dados disponíveis. Tal vulnerabilidade foi sendo mitigada conforme os dados foram
           aportados na Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais. Nesse momento, identifi camos, também,
           uma  das  grandes  conquistas  do  PEM:  a  sistematização  e  organização  de  dados  das  atividades
           humanas, dos recursos vivos e não vivos em uma plataforma que passou a permitir a adequada
           visualização do imenso patrimônio de nossa Amazônia Azul.

           Outro aspecto relevante foi a produção dos cadernos setoriais, ainda em fase de validação, reunindo
           todas as informações coletadas pela empresa contratada, fornecendo um verdadeiro diagnóstico
           de 11 diferentes setores relacionados ao mar, como pesca artesanal, pesca industrial, petróleo e gás
           natural, energias renováveis, turismo, meio ambiente e mudança do clima.

           Os estudos na Região Sul também contemplam um esforço adicional de integração com o
           Gerenciamento Costeiro (GERCO), buscando alinhar o ordenamento marinho à gestão integrada
           da zona costeira. Outro aspecto importante é a preocupação constante com a uniformização da




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