Page 25 - Informativo Cembra - Outubro 2025 - Nº 18
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Uma nova Lei Federal de no. 15097, sancionada apenas agora, no início deste ano, em
           10/01/2025,  vinha  sendo  ansiosamente  aguardada  para  regulamentar  e  daí,  garantir
           segurança  jurídica  e  defi nir  orientações  necessárias  para  disciplinar  a  exploração  de
           recursos da nossa plataforma continental marítima, incluindo aí, o setor de geração de
           eólica offshore. O dinamismo da geração de energia eólica em terra, no Brasil, tende a
           se repetir no caso da geração eólica offshore, cujas expectativas também apontam para
           um forte impacto nas políticas nacionais e iniciativas orientadas para fazer avançar o
           projeto brasileiro de transição energética. Um claro sinal dessa previsão otimista seriam
           os inúmeros projetos (cerca de 80) para a implantação de parques de geração de energia
           eólica offshore que se encontravam represados, todos em fase de análise para fi ns de
           licenciamento junto ao IBAMA, aguardando a promulgação daquela nova Lei. Uma vez
           aprovado o seu necessário licenciamento, o setor trabalha com a expectativa de que o
           projeto entre em operação num período entre quatro a seis anos. Os projetos de maior
           porte distribuem-se pelos estados do Rio Grande do Sul (21), Ceará (19), Rio de Janeiro (9)
           e Rio Grande do Norte (8).

           Desafi os Tecnológicos


           1. Infraestrutura e Tecnologia Adaptada


           A  instalação  de  turbinas  eólicas  no  mar  exige  tecnologias  específi cas,  certamente
           diferentes daquelas usadas para as instalações em terra. O Brasil ainda carece de uma
           cadeia produtiva consolidada para a fabricação dos equipamentos e componentes
           específi cos para as instalações eólicas offshore, incluindo aí,as próprias turbinas eólicas,
           que no caso offshore tendem a ser de muito grande porte, as necessárias fundações
           fi xas  (monopilares,  jaquetas)  ou  fl utuantes  e,  ainda,  os  cabos  de  transmissão  elétrica
           submarina.  A  atual  dependência  de  importação  desses  componentes  concorre  para  o
           aumento dos custos e dos prazos de implementação dos nossos projetos.


           A racionalização da logística de construção, instalação e operação dessas turbinas eólicas
           offshore recomenda a implantação de toda a sua infraestrutura próxima à sua região de
           instalação no mar. Portanto, para atender à signifi cativa demanda por serviços, material
           e  variadas  peças  e  equipamentos  utilizados  na  implantação  desses  parques  eólicos
           offshore, será inevitável a implementação de uma cadeia econômica produtiva local em
           novas fronteiras de desenvolvimento regional, com a consequente geração de emprego e
           renda em áreas periféricas ou distantes.







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