Page 22 - Informativo Cembra - Dezembro Abril 2023 - Nº 13
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Continuação
O Brasil foi palco do I Workshop Regional do Atlântico Sul de preparação para a Década das Nações
Unidas da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável que ocorreu no Rio de Janeiro de 25 a
27 de novembro de 2019. Matéria:
Esse evento, que ocorreu na Escola de Guerra Naval, reuniu 120 especialistas relacionados ao oceano Um oceano seguro na década do oceano
de diversos países e setores (acadêmicos, governamentais, industriais, organizações não-
governamentais etc). O workshop teve como objetivo identificar lacunas de conhecimento e prioridades
para a ciência oceânica do Atlântico Sul para a Agenda 2030.
Foram três dias de intenso trabalho em que foram elencados e discutidos cinco temas prioritários de
atuação dentro de grupos de trabalho (GT) relacionados a cada um dos sete aspectos listadosacima, o
que resultou em um Relatório Regional.
No aspecto "Um oceano seguro", em que se pretende que a vida e os meios de subsistência sejam
protegidos dos perigos relacionados ao oceano, foram trazidas discussões sobre ações afirmativas, a
exemplo de: prever e alertar sobre os riscos prioritários; mitigar os seus efeitos e se formular respostas
adaptativas de curto e longo prazos, tanto em terra,como no mar; e aprimorar sistemas de previsão,
tanto oceanográficas, meteorológicas e climáticas, em que os dados oceânicos sejam de maior
densidade, ou seja, ações para garantir "A ciência que precisamos para o oceano que queremos".
No Brasil, as ações da Década do Oceano, mais especificamente as relativas ao Oceano Seguro, são
todas voltadas para garantir a sustentabilidade da nossa zona econômica exclusiva (ZEE), chamada de
Amazônia Azul (região com cerca de 3,5 milhões de km², podendo chegar a 5,5 milhões, de espaço
marítimo), por sua relevância econômica e ambiental, onde se tem exclusividade sobre recursos vivos e
não vivos. De acordo com o Banco Mundial, a Economia Azul é o “uso sustentável dos recursos
oceânicos para o crescimento econômico, melhoria dos meios de subsistência e empregos, preservando
a saúde do ecossistema oceânico”.
Os perigos relacionados ao clima e suas mudanças são conhecidos, bem como a das mudanças em
nosso planeta(e.g.: furacões, tsunamis, marés sazonais, enchentes, erosões/derrocamentos costeiros),
cujas frequências e a intensidade podem torná-los ainda mais extremos. Sabe-se, também, que as
comunidades costeiras e os usuários do oceano,seus ecossistemas e sua “economia azul” estão cada
vez mais expostos aos impactos devastadores e imprevisíveis desses eventos,tanto em terra como no
mar. Nesse sentido, são necessárias ferramentas e processos para avaliar e mitigar esses riscos e
formular respostas adaptativas.
Informativo CEMBRA Nº 13 - Edição Semestral 22