Page 25 - Informativo Cembra - Dezembro Abril 2023 - Nº 13
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Continuação


    Voltando aos diálogos referidos acima, será feito um resumo sobre a maneira como foram abordados.


        Combater a poluição marinha
    A  poluição  marinha  ameaça  todas  as  formas  de  vida  marinha  e  o  ambiente  físico  e  químico  de  que
    dependem.  Os  novos  desafios  incluem  lidar  com  todas  as  fontes  de  lixo  marinho  (incluindo  macro  e
    microplásticos, nutrientes e sedimentos, resíduos de combustível, entre outros) e ruído subaquático que
    exigem o combate à poluição terrestre, juntamente com o estabelecimento de diálogos e parcerias que
    devem  envolver  o  público,  entidades,  organizações  não  governamentais  (ONGs),  sociedade  civil,         Matéria:
    empresas privadas e indústria, com o apoio da academia. Em um esforço combinado, uma abordagem
    multissetorial  deve  desenvolver  novos  produtos  e  serviços  que  possam  contribuir  para  evitar  que  a
    poluição chegue ao ambiente marinho e/ou fornecer soluções inovadoras, como alternativas ao plástico
    de origem fóssil, em paralelo com ações circulares, políticas e econômicas, efetivas.

        Gerir, proteger e restaurar os ecossistemas marinhos e costeiros
    As Áreas Marinhas Protegidas (MPAs) são locais reservados para fins de conservação de longo prazo,
    criteriosamente  selecionados  com  base  em  sua  importância  para  o  equilíbrio  dos  ecossistemas  dos
    oceanos. Têm sido considerados e utilizados pelas autoridades governamentais, como ferramenta para
    a mitigação dos impactos das ações humanas no meio ambiente marinho. A meta de designar 30% do              Conferência dos Oceanos das Nações Unidas
    Oceano como MPAs até 2030 está atualmente em discussão para o Quadro Global de Biodiversidade
    Pós-2020.


        Minimizar e combater a acidificação, desoxigenação e aquecimento dos oceanos
    O oceano atua como principal depósito de emissões de CO2 e, consequentemente, como mecanismo
    inibidor para o aumento da temperatura do nosso planeta.
    Embora a capacidade de depósito de CO2 do oceano dependa diretamente de suas perspectivas de
    bem-estar e dos níveis de emissões mundiais, a acidificação, a desoxigenação e o aquecimento dos
    oceanos são uma consequência natural dessa dinâmica. Assim, instrumentos em vigor, como o Acordo
    de Paris ou a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, são imperativos, mas
    precisam ser aprimorados e implementados adequadamente para mitigar esses efeitos.


        Tornar  a  pesca  mais  sustentável  e  permitir  o  acesso  do  segmento  de  pesca  artesanal  aos
        recursos marinhos e mercados
    O  uso  responsável  do  nosso  Oceano  e  a  proteção  da  sua  biodiversidade  nunca  estiveram  tão
    profundamente  interligados  com  métodos  de  pesca  sustentáveis.  A  pesca  excessiva,  as  capturas
    acessórias não controladas e a pesca ilegal, não declarada e não regulamentada estão colocando em
    risco os estoques pesqueiros todos os dias.
    Promover  e  fortalecer  economias  sustentáveis  baseadas  nos  oceanos,  em  particular  nos  pequenos
    Estados insulares em desenvolvimento e nos países menos desenvolvidos.
    Embora  as  mudanças  climáticas  e  as  questões  relacionadas  aos  oceanos  sejam  uma  realidade
    transversal  à  população  mundial,  diferentes  comunidades  são  afetadas  de  forma  assimétrica.  Os
    Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (SIDS) e/ou os Países Menos Desenvolvidos (PMDs)
    geralmente  carecem  de  instrumentos,  orçamento  e  acesso  à  ciência  e  tecnologia  para  enfrentar
    efetivamente esses desafios da nova ordem mundial.

        Aumentar  o  conhecimento  científico  e  desenvolver  a  capacidade  de  investigação  e  a
        transferência de tecnologia marinha
    A ciência desempenha um papel insubstituível no apoio aos processos de tomada de decisão para a
    sustentabilidade  dos  oceanos.  Há  necessidade  de  parcerias  entre  o  setor  privado,  a  comunidade
    científica  e  organizações  governamentais  em  escala  nacional,  regional  e  internacional  para  coletar  e
    analisar big data sobre processos oceanográficos.


             Informativo CEMBRA                                        Nº 13 - Edição Semestral                  25
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