Page 19 - Informativo Cembra - Abril 2025 - Nº 17
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Podemos verificar que, em face das perdas de mercadorias e de embarcações em decorrência de
acidentes, ao longo dos anos buscou-se artifícios que reduzissem o risco de prejuízo dos investi-
mentos envolvidos. Um estudo de caso interessante refere-se ao final do século XVIII, em que cerca
de 20% da carga transportada por navios ao largo da costa escocesa era perdida por afundamento
das embarcações. Isto teria levado os proprietários das embarcações a pagarem por sistemas que
reduzissem tais perdas.
Consta que a questão relativa a prover as costas com auxílios à navegação remonta a 1889, durante
uma conferência de representantes de autoridades de faróis de vários países, em Washington
(Estados Unidos da América).Em 1912, sob iniciativa da Rússia, em São Petersburgo, a Conferência
Marítima Internacional, contando com a participação de representantes de dezesseis países,
tratou de recomendações sobre a unificação e aperfeiçoamento de auxílios à navegação. Diversas
conferências similares ocorreram até que, durante a V Conferência Internacional de representantes
de autoridades de faróis, em 1955, na Holanda, decidiu-se criar uma organização permanente
para implementar a cooperação internacional. Em 1º de julho de 1957, após a aprovação da
Constituiçãoelaborada por vinte países, foi fundada a Associação Internacional de Autoridades de
Faróis – IALA.
No que diz respeito ao desenvolvimento dos sistemas de balizamento – assunto pelo qual a IALA
é comumente conhecida no Brasil –sabe-se que anteriormente havia mais de trinta sistemas de
balizamento no mundo, alguns desses contendo regras em total conflito com outros.O primeiro
passo foi definir os dois sistemas principaiscom relação ao uso da cor vermelha (encarnada), um
marcando o lado esquerdo da entrada do canal e o outro o lado direito.
Sistema de balizamento marítimo da IALA, com as regiões A e B.
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