Page 34 - Informativo Cembra - Abril 2025 - Nº 17
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Em 12 de setembro de 1974, nascia esse colegiado multidisciplinar, vocacionado para a governança
        da Amazônia Azul e da presença brasileira na Antártica. Naquela ocasião, dois temas assumiram
        papel relevante, a pesquisa científica no mar e na Antártica e a questão ambiental, em função da ne-
        cessidade de conservação do meio ambiente, com o aumento das profundidades de perfuração dos
        fundos marinhos na busca de novas fronteiras da indústria de óleo e gás. O objetivo seria coordenar
        as ações para que o mar e seus recursos pudessem impulsionar benefícios sociais e econômicos
        para o País de forma sustentável.

        Desde então, a CIRM monitora a evolução geopolítica no cenário internacional, mais que isso, ante-
        cipa-se aos acontecimentos e, entre muitos assuntos importantes, dedica especial atenção a três: a
        Amazônia Azul, a dinâmica da conservação e aproveitamento sustentável do oceano e a Antártica,
        participando e contribuindo para importantes conquistas do País.


        Em 1975, o Brasil aderiu ao Tratado da Antártica. Foi atribuída à CIRM, em 1982, a tarefa de imple-
        mentar o Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR). No mesmo ano, foi adquirido o navio “Barão
        de Teffé” e iniciada a primeira Operação Antártica, permitindo alcançar um relevante objetivo polí-
        tico, em 1983, quando o País foi elevado à condição de membro consultivo do Tratado da Antártica.
        O desafio era planejar, construir e operar uma Estação Científica, meta atingida em 6 de fevereiro
        de 1984, com a inauguração da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF). Posteriormente, ao
        longo dessa jornada, foram adquiridos para o PROANTAR os navios antárticos “Ary Rongel” e “Al-
        mirante Maximiano”. Em 2020, mais um salto tecnológico, a reinauguração da nova Estação com
        dezessete modernos laboratórios, incorporando conceitos de sustentabilidade e eficiência arqui-
        tetônica. Tudo isso a fim de garantir condições de trabalho compatíveis com o estágio das pesqui-
        sas brasileiras, que são as credenciais para participação do Brasil nas decisões sobre o destino do
        Continente Branco. Atualmente, são apoiados 29 projetos de pesquisa selecionados pelo CNPq, um
        marco histórico do programa de pesquisa mais longevo do Brasil.










































              Reunião da CIRM coordenada pelo então Ministro da Marinha, Almirante de Esquadra Henrique Saboia






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