Page 8 - Informativo Cembra - Outubro 2025 - Nº 18
P. 8
Após o encaminhamento desse último relatório, recebeu-se a boa notícia: a Secirm constituiu
um subgrupo de trabalho (SubGT MME-Secirm), no âmbito do já existente Programa de
Avaliação da Potencialidade Mineral da Plataforma Jurídica Brasileira (Remplac), com o
propósito de estudar a possibilidadede desenvolver projeto de tecnologia nacional que
contemple veículo submarino operado remotamente (ROV), veículo submarino autônomo
(AUV), e/ou submersíveis, essenciais para a realização de atividades de pesquisa, incluindo
águas profundas, com ampla gama de emprego, tais como indústria de óleo e gás, atividades
de pesquisas, monitoramento ambiental, e atividades de defesa”. O Subgrupo é coordenado
por representantes do Ministério de Minas e Energia (MME) e da Secirm e tem em sua
composição representantes do Ministério da Defesa (MD), do Ministério das Relações
Exteriores (MRE), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), do Ministério
do Meio Ambiente (MMA), do Estado-Maior da Armada (EMA), da Diretoria de Hidrografi a
e Navegação (DHN), da Petrobras, do Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas (INPO),
do Senai/Cimatec e do Serviço Geológico do Brasil/Companhia de Pesquisa de Recursos
Minerais (SGB/CPRM). Já ocorreram várias reuniões formais de tal SubGT e os estudos
evoluem muito satisfatoriamente. Com a sua criação verifi ca-se que, por estímulo do
Cembra, está em pleno desenvolvimento um estudo a nível nacional que deve produzir
importantes resultados concretos de interesse do País.
Ainda sobre o assunto, especifi camente sobre o desenvolvimento de veículo submersível
tripulado capaz de atingir grande profundidade, o Cembra aprovou um projeto estruturante
que se propõe, ao fi nal de seus trabalhos, estimados em um ano, a elaborar a proposta de
um Plano Nacional para o Mar Profundo, visando, inclusive, a construção no País, de um
veículo tripulado, capaz de mergulhar a 6.000 m. É o resultado e continuidade palpável
do Wn/2023, que tem a pretensão de dar origem, ao término dos trabalhos, a mais uma
atividade que pode – e espera-se que tal ocorra – constituir-se nova contribuição a nível
nacional. Os estudos a respeito incluem representantes da COPPE/UFRJ, da Femar, do
Senai/Cimatec, da Secirm, da Amazul, do IO-USP e da fi rma Oceanpact. Destaca-se que
a representação da Secirm neste GT e a do Cembra no SubGT/MME-Secirm asseguram o
entrosamento desejável e necessário entre as respectivas atividades, sempre que cabível.
A indicação das iniciativas do Cembra que tiveram ou podem ter desdobramentos ou
infl uência a nível nacional se encerra com notícia sobre o Programa Fundo Oceânico da
Amazônia Azul (Profocaz). O programa, que tem duração estimada de quatro anos visa
preencher lacunas críticas de conhecimento sobre o fundo oceânico da Zona Econômica
Exclusiva e da Plataforma Continental Jurídica Brasileira. Sua execução resultará em
signifi cativos avanços científi cos, tecnológicos e mesmo estratégicos, em consonância
básica com o Plano Estratégico da Marinha e a Década da Ciência Oceânica da ONU.
Figura 3 - Imagem conceitual que ilustra um mapa topográfi co 3D detalhado do fundo do oceano, com fl uxos de dados convergindo para um
banco de dados central. Elementos holográfi cos representam a segurança nacional, as operações de submarinos e a economia azul.
8 Centro de Excelência para o Mar Brasileiro - Informativo Cembra

