Page 7 - Informativo Cembra - Outubro 2025 - Nº 18
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criação, já registra, como uma das quatro indicações mais importantes para possíveis projetos
        estruturantes,  o desenvolvimento de submersíveis para pesquisa. Isto indica, explicitamente,
        que a intenção de dedicar atenção prioritária ao assunto remonta à própria criação do Centro
        de Excelência. Assim, logo após sua criação, estruturou-se o Cembra para sua terceira maior
        atividade de vulto, após concluir a 2ª edição da publicação BMS21 e estabelecer um mecanismo
        de  permanente  atualização  virtual  de  seu  texto:  a  execução  presencial    de  seu  3º  Projeto
        Estruturante – a organização, em abril de 2014,  do Seminário Internacional sobre Submersíveis
        – Desbravando o Mar Brasileiro (Sm/2014). Na ocasião, o caráter internacional do evento foi
        assegurado graças à participação de instituições dos EEUU, da França, do Japão e, como empresa
        estrangeira,  da  Kongsberg.  Tal  Seminário  despertou,  até  pelo  pioneirismo,  muito  interesse,
        passando a constituir-se um marco no trato do assunto. Restrições, mormente fi nanceiras,
        impediram  que  a  matéria  voltasse  a  ser  cogitada  até  julho  de  2023,  quando  foi  realizado  o
        Webinário Internacional sobre Submersíveis: Desbravando o Mar Profundo – A Conquista do
        Futuro  (Wn/2023). Dessa feita, contou com a participação de instituições da França, da China,
        de Portugal, da Índia e das empresas multinacionais  Kongsberg  e Subsea 7.

        Tanto ao fi nal do primeiro evento como após o segundo, a abrangência  dos interesses dos
        vários  ministérios envolvidos levou o Cembra a buscar a coordenação subsequente na Comissão
        Interministerial para os Recursos do Mar (Cirm), julgada o foro mais adequado para o trato do
        assunto, por intermédio de sua Secretaria (Secirm). De fato, como é sabido, aquela Comissão
        tem sob sua responsabilidade programas e planos de relevante interesse nacional, conduzidos
        com inegável efi cácia, caso, por exemplo do Plano Setorial para os Recursos do Mar (PSRM), do
        Programa Antártico Brasileiro (Proantar), do Plano de Levantamento da Plataforma Continental
        (Leplac) e do Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro (PNGC).

        Ao encaminhar à Secirm o  relatório sobre o primeiro evento mencionado, o Cembra sugeriu
        a criação, em âmbito da Cirm, de um mecanismo de coordenação interministerial, visando o
        desenvolvimento e a utilização de submersíveis.

        O  relatório  sobre  o  Wn/2023,  após  o  estimulante  fato  novo  representado  pela  construção
        ocorrida  do AUV⁴ Flatfi sh, pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial / Centro Integrado
        de Manufatura e Tecnologia (Senai/Cimatec), veículo capaz de atingir a profundidade de 300m
        à época, mas cujo desenvolvimento futuro irá possibilitar que atinja os 3.000m, teve proposta
        mais  ambiciosa;  não  se  ignorando  “a  complexidade  e  a  magnitude  de  tal  empreendimento,
        que pode ser considerado algo audacioso mas não descabido”, buscar desenvolver um veículo
        também capaz de atingir os 3.000m, mas tripulado.
























        Figura 2 - Imagem conceitual do Submersível “Flatfi sh” em operação.


        ⁴ Autonomous Underwater Vehicle.



                                                    Centro de Excelência para o Mar Brasileiro - Informativo Cembra  7
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