Page 16 - Brasil e o Mar no Século XXI
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PREFÁCIO À TERCEIRA EDIÇÃO


           O Centro de Excelência para o Mar Brasileiro (Cembra) tem a imensa satisfação de apre-
           sentar a terceira edição de O Brasil e o Mar no Século XXI após quase dez anos. Era projeto
           apresentar uma nova edição a cada cinco anos. Contudo, alguns fatores intervieram na
           intenção. Na verdade, necessitava-se da atualização de vários capítulos, pois não teria cabi-
           mento concluir a tarefa com muitos dados ultrapassados. Tendo alcançado limite aceitável,
           veio a invasão da Covid-19, trazendo todos os percalços para as reuniões de coordenação
           que, por isso, passaram a ser realizadas pela Internet.
           A  ideia  do  livro  não  é  nova.  Tudo  teve  início  em  1998,  durante  a  comemoração  do  Ano
           Internacional dos Oceanos. No desenrolar daquele evento, foi criada pela ONU e pela Unesco
           a Comissão Mundial Independente sobre os Oceanos (CMIO), responsável por um documento
           sobre a importância do mar para a humanidade, tendo o Brasil participado de sua elaboração.

           Em natural decorrência, estabeleceu-se no País a Comissão Nacional Independente sobre
           os Oceanos (CNIO), que produziu uma espécie de diagnóstico com o título de O Brasil e o
           Mar no Século XXI – Relatório aos Tomadores de Decisão do País, o “BMS21”, como abreviada-
           mente é chamado. Estava, assim, criada a obra hoje apresentada em sua terceira edição.
           Uma vez cumprida a sua missão, a CMIO foi extinta e, logo em seguida, a CNIO encerrou
           suas atividades com a publicação da primeira edição do BMS21. Mais tarde, foi criado o
           Centro de Excelência para o Mar Brasileiro, que se constitui no legítimo herdeiro daquela
           comissão mundial de 1998.
           Compõem a publicação vinte e um capítulos sobre toda sorte de atividades conduzidas pelo
           Brasil no mar. Registre-se a inserção de um novo nesta edição, denominado “Arqueologia
           submarina e patrimônio cultural subaquático”.

           O Cembra, que de outras vezes se valia de workshops para auscultar a comunidade científica,
           em meio à pandemia teve de se socorrer de outros meios. Assim, surgiu a oportunidade da
           realização de webinários. Foram tratados onze capítulos em mais de dez sessões. E, se os
           workshops permitiam o contato visual, as versões virtuais estimularam maciça troca de ideias
           e contaram com extensa audiência de centenas de “navegantes” de muitos estados brasilei-
           ros, tendo, portanto, considerável amplitude nacional. Em suma, foram cumulados de êxito.
           A obra está longe de ser perfeita. E nem poderia ser, pois trata de temas em constante evolu-
           ção, como tudo o que acontece na natureza. É bem oportuno assinalar que a versão constante
           do site do Cembra inclui todos os capítulos à medida que vão sendo atualizados. Entretanto,
           espera-se que o livro venha a se constituir em prática fonte, tanto para estudiosos e autorida-
           des, quanto para aqueles desejosos de conhecer nossas atividades no meio marinho.
           Apesar de inacabada por sua própria característica, a obra encerra formidável acervo de in-
           formações e dados sobre as atividades brasileiras no mar, bem como apresenta, ao final de
           cada capítulo, como de praxe, recomendações para o desenvolvimento do respectivo setor.
           O maior valor desta obra reside na altíssima qualidade dos capítulos, todos redigidos
           por pesquisadores brasileiros do mais elevado grau de conhecimento e prestígio nas
           suas áreas de atuação.
           A eles, o reconhecimento inabalável do Centro de Excelência para o Mar Brasileiro.




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