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Usinas Eólicas offshore
Nesse contexto, os Serviços Hidrográficos deverão Composição Gráfica
converter suas bases de dados cartográficos e ENC, do
padrão S-57 para o S-101. Protótipos de conversores
têm sido desenvolvidos e testados. Nesses testes, tem-
se verificado, em nível mundial, que a conversão não
ocorre de forma completamente automática, havendo
a necessidade, em certo grau, de intervenção humana.
Adicionalmente, a indústria vem paralelamente
desenvolvendo o Electronic Chart Display and
Information System (ECDIS), com capacidade de exibir
ENC no padrão S-101.
A passagem do S-57 para S-101 é um processo complexo
e que está demandando investimentos de ordem
pessoal, material e financeira, tanto para os Serviços
Hidrográficos, como para a comunidade marítima de
usuários.
A Organização Marítima Internacional (IMO) definirá o
período de transição, no qual coexistirão ENC em S-57 Oceano e as Energias Renováveis
Projeção da carta náutica das Baías da Ilha Grande e de Sepetiba e e S-101. Tal situação imporá aos Serviços Hidrográficos
modelo 3D do levantamento de dados do fundo do mar a codificação de ENC nos dois padrões. Professor Doutor Carlos Levi (Coppe-UFRJ)
O Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia Alberto Luiz Coimbra – COPPE da
Universidade Federal do Rio de Janeiro, desde a sua fundação em 1963, tem se destacado no
cenário das inovações e pesquisas tecnológicas pela reconhecida qualidade do seu trabalho
técnico-científico-acadêmico, garantida pela sua capacidade de acompanhar a acelerada
dinâmica do desenvolvimento científico e tecnológico contemporâneo.
A versatilidade dos arranjos e rearranjos dos seus grupos de ensino e pesquisa através da
estruturação de núcleos acadêmicos e novos laboratórios lhe tem permitido fazer os ajustes
necessários e viabilizar os avanços e conquistas acumulados ao longo desses seus 60 anos de
uma bem sucedida trajetória.
Um exemplo bastante exitoso dessa estratégia institucional pode ser bem representado pelo
desempenho do Grupo de Energia Renováveis do Oceano – GERO. Vinculado ao Programa
de Engenharia Oceânica - PENO, o GERO promove trabalhos de pesquisa, consolidados pela
execução de projetos inovadores na área de energia renováveis do oceano, além de atuar
diretamente na formação de recursos humanos indispensáveis para o fortalecimento dessas
Infográfico com toda a estrutura do Modelo Universal de Dados Hidrográficos atividades industriais ainda pioneiras.
A implementação do S-100 é desafiadora e tem demandado grandes esforços dos produtores de O crescimento contínuo e crescente do consumo de energia mundial tem imposto uma
informações de segurança da navegação. permanente busca por alternativas eficientes e econômicas que evitem as consequências
ambientalmente perversas, atualmente, ainda ditadas pelo predomínio da energia derivada
Os desafios para os Serviços Hidrográficos estão relacionados ao incremento da diversificação dos do carvão e do petróleo. A partir da primeira grande crise do petróleo dos anos 1970,
usuários, com crescentes necessidades, ao progresso tecnológico de equipamentos, sistemas e sensores, intensificaram-se as buscas por alternativas não convencionais: nuclear, biomassa, solar, eólica,
à desproporcionalidade entre as demandas por informações de dados hidrográficos e a capacidade hidrogênio, marés, ondas, correntes, gradientes térmicos, salinidade, por exemplo. Nos anos
de coleta e codificação dessas informações, e ao crescimento da atenção dada pelas sociedades à 1980, esses esforços foram amplificados e expandidos, principalmente, em razão do aumento
importância dos oceanos. da conscientização sobre as graves consequências associadas ao efeito estufa e os riscos
decorrentes do aquecimento global.
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