Page 49 - Informativo Cembra - Julho 2018 - Nº 6
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Científica do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI/SEPEF), hoje Secretaria de Políticas
        e Programas Estratégicos (SEPPE), empenhou-se em dar continuidade à implementação, no
        Brasil, da Década do Oceano, iniciada com o Workshop Regional para o Atlântico Sul. Para
        isso, foi instituído, em 8 de março de 2021, um Comitê de Assessoramento para a Década da
        Ciência Oceânica, com a tarefa inicial de organizar uma série de Oficinas Subnacionais, com o
        propósito de colher subsídios para o Plano Nacional de Implementação.


        O Comitê Nacional de Assessoramento para a Década da Ciência Oceânica foi reconhecido
        pela Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI) como Brazilian National Committee
        (Comitê  Nacional  Brasileiro),  na  forma  definida  pelo  Decade  Implementation  Plan  (Plano
        de Implementação da Década). O Brasil foi o primeiro Estado-Membro da COI a obter esse
        reconhecimento. O Comitê Nacional conta com a participação do MCTI/SEPPE, da Marinha
        do Brasil, por meio da Diretoria de Hidrografia e Navegação, além de diversos outros atores.


        Qual é o objetivo do Comitê Nacional?

        CMG Frederico Nogueira - O propósito inicial desse comitê foi a elaboração do Plano Nacional
        para a Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável. Esse plano, aprovado
        em novembro de 2021, é o principal instrumento para planejar as ações que serão executadas
        ao longo da “Década”, para termos “o oceano que queremos”.


        A “Década” está agora em seu quarto ano de implementação, e seu portfólio de Ações continua
        crescendo rapidamente, com 52 programas, mais de 320 projetos e 99 Contribuições da Década
        (Decade Contributions), agora endossados. Vale enfatizar o surgimento de uma rede crescente
        de estruturas de coordenação descentralizadas, regionais e temáticas, para apoiar o trabalho
        da  Unidade  de  Coordenação  da  Década  (IOC  Secretariat),  e  lembrar  que  seus  39  Comitês
        Nacionais estão agora operacionais.


        Ainda no contexto da Década da Ciência Oceânica, quais serão os próximos passos?


        CMG Frederico Nogueira - As prioridades para a “Década”, durante os próximos 12 a 18 meses,
        serão orientadas pelos resultados do processo Visão 2030 e da Declaração de Barcelona. Leia
        mais aqui.


        Convém lembrar que o ano de 2025 marca o ponto médio da implementação da Década dos
        Oceanos e, ainda neste ano, terá início o “processo de avaliação de meia vida” (vamos chamá-lo
        assim), a fim de abordar o primeiro objetivo de revisão, qual seja, rever as estruturas, processos,
        parcerias e recursos que sustentam a condução da Década do Oceano, e fazer as recomendações
        pertinentes para otimizar o seu impacto.

        Nos  próximos  dez  anos,  teremos  uma  enorme  oportunidade  de  aproveitar  os  avanços  da
        ciência para alcançar uma melhor compreensão sobre o sistema oceânico. Isso permitirá o
        fornecimento de informações oportunas sobre a situação destes, e possibilitará a articulação
        de cenários e caminhos integrados para o desenvolvimento sustentável.


        O Cembra vem priorizando diversas iniciativas em prol da Década do Oceano. Podemos citar,
        por exemplo, a organização do 1º Concurso de Redação, que teve como tema: “A Década do
        Oceano - qual a sua visão sobre ‘o oceano que queremos?”, para alunos do Ensino Fundamental,
        Médio e Superior; a promoção do Webinário Internacional sobre Submersíveis, reconhecido
        pela COI como atividade da Década do Oceano; a edição de um número especial do Informativo




                                                    Centro de Excelência para o Mar Brasileiro - Informativo Cembra  49
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